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Fotografia e feminismo

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26/01/2022

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O dinheiro tem medo de mulher?


Ontem eu tive a oportunidade de conversar com uma mulher da qual eu sou muito fã. Tietei mesmo! E descobri que, além de super competente, ela é também muito gente boa. Daí a conversa ficou melhor ainda. Papo vai, papo vem, ela me solta uma frase que tá aqui martelando a ponto de finalmente ter dado o start nesse blog:


 • O dinheiro tem medo de mulher. 


Com essa frase, ela explicou porque às vezes ela perde oportunidades para homens que têm menos experiência e menos currículo do que ela. Ela me disse que já foi muito pior, que ela já foi quase invisível. Mas que ainda hoje ela sente que o dinheiro corre muito mais entre os homens. Estamos falando de uma pessoa que está entre os maiores talentos de sua carreira. O nome dela é reconhecido em muitos lugares. A casa dela é forrada de prêmios e cartazes dos feitos dela.  Eu juro que fiquei pensando "Até você…".
Sabe, ela é pra mim alguém de um trabalho incontestável.
Mas parece que nenhuma mulher terá seu trabalho desvinculado de seu gênero, jamais. E nem seria preciso ou desejável desvincular, se não fôssemos vistas como o "sexo frágil" ou o "segundo sexo" (não o outro sexo, o segundo sexo, Beauvoir frisou). 

Foto Fotografia e feminismo - Imagem 0

Simone de Beauvoir (imagem divulgação), filósofa existencialista que escreveu dezenas de livros, entre eles "O Segundo Sexo". Mesmo sendo ela uma intelectual formidável, frequentemente a obra de Beauvoir é atribuída à uma possível influência de Sartre, com quem ela teve um relacionamento amoroso (e bastante revolucionário) durante quase toda a vida. 

 

Há meses esse blog está nos meus planos. Recentemente, aprofundando nos estudos feministas para o doutorado, senti muita vontade de compartilhar com outras mulheres tudo o que estou aprendendo. 

Então farei desse blog esse espaço para trazer algumas dessas descobertas que faço. E também pra trazer reflexões, provocações, desconfortos, sobre tudo o que for relacionado ao feminino e à imagem.

Claro que esse é um blog de fotografia e falarei muito sobre isso. Mas a minha fotografia é feminista também. Eu luto pela reapropriação da imagem feminina. E por que reapropriação? 

Porque quase todas as imagens que nós temos, sobre o universo feminino, foram feitas por homens. Isso faz com que o nosso campo simbólico e imagético seja todo permeado por imagens que representam o olhar masculino, o desejo masculino. As imagens sobre feminino, que nós conhecemos, são imagens masculinizadas. 

Nós vivemos em um universo dominado pela masculinidade. Nosso feminino queimou nas fogueiras e desde a virada do capitalismo urbano a mulher foi condenada a um papel doméstico que nos reduz. A produção das proles ficou na nossa mão, a produção e concentração de riqueza ficou na mão dos homens. Não à toa o dinheiro circula entre eles. E o mesmo aconteceu com as imagens. Basta pensar nas imagens que vêm à cabeça quando evocamos palavras como "feminino", como "mulher". As revistas femininas? Recheadas de imagens feitas pelos homens (isso sem falar do conteúdo das revistas, mas podemos abordar em outro post).

Foto Fotografia e feminismo - Imagem 1

A autora deste auto-retrato, é Vivian Maier, que hoje é exposta no mundo todo (eu mesma visitei uma em Roma, em 2018), mas que viveu como uma babá e morreu na miséria e no anonimato. O filme A fotografia oculta de Vivian Maier (Finding Vivian Maier, 2013) conta um pouco do que é conhecido sobre a história dessa mulher misteriosa, fotógrafa autodidata. 

Foto Fotografia e feminismo - Imagem 2

Então nesse blog trarei reflexão sobre fotografia por esse viés, feminista, de reapropriação da nossa imagem e dos nossos corpos. O objetivo é falar (e mostrar, claro) retrato feminino, falar sobre mulheres fotógrafas, mostrar imagens de mulheres em situações nas quais elas se sentem poderosas, mostrar diversidade de mulheres, falar sobre as mulheres lésbicas e bissexuais também. Em 2019 fizemos, lá no MIS Jardim Europa (São Paulo), um evento chamado Olhares Delas. Nele, compartilhamos projetos pessoais e também muitas experiências sobre ser fotógrafa. Talvez lá tenha nascido o desejo desse blog. Lá nasceu, certamente, meu projeto chamado Nosso Poder, que busca entender a imagem (em forma de retrato) do tal empoderamento feminino, para cada mulher. Esse blog será um desdobramento disso tudo e, espero, um espaço para criar vínculos com outras mulheres que estão pensando e sentindo coisas parecidas. 

Até mais, mulherada.


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